Lá e de volta mais uma vez, ou como vender balinhas mágicas
Vocês viram que uma das irmãs Kardashian aproveitou a onda dos medicamentos para tratar diabetes usados como “canetas emagrecedoras” e começou a vender balinhas de “ozempic natural”?
A semaglutida é um medicamento recente que se popularizou pelo seu lado menos legal, os resultados estéticos. Foi aí que uma das irmãs Kardashian aproveitou seus milhões de seguidores e de dólares e lançou a bala de goma de “ozempic natural”, que sinaliza inclusive que não tem a semaglutida na fórmula. Ela vende uma balinha saborizada de fitoterápico.
Para você que chegou na leitura até aqui, preciso sinalizar que é onde o texto da um cavalo de pau. Mas antes, deixo aqui um video legal do canal Ciência Todo Dia sobre a Semaglutida
Navegando pelas redes digitais, me deparei com uma publicação que apresentava o negócio da Kardashian como uma estratégia genial de marketing digital. A multimilionária viu na popularização do medicamento uma oportunidade de criar um produto e utilizou de seus milhões de dólares e seguidores para ter um lucro absurdo de ainda mais milhões de dólares. Essa é uma forma de ver a coisa, o que me preocupa.
Esse lucro como indicador de sucesso não leva em conta que uma milionária está usando sua influência para vender um sonho inexistente em forma de doce que promete “resultados” de remédio e lucrar com isso. É uma espécie de tigrinho da beleza, e não quero nem entrar em outras comparações. Já vimos esse filme antes, não é?
Ter seguidores, pessoas que querem saber o que você pensa e participar das conversas com você, é algo muito poderoso. E todo mundo já sabe aquela história de grandes poderes e tal. A internet é um grande bairro e existem comunidades inteiras engajadas, que se reúnem em torno de pessoas e ideias. Como é que a gente interage nesse espaço? De que grupos participamos? Sobre o que conversamos? O que você faz com a sua comunidade?
Olá, pessoas bonitas! Há quanto não nos falamos, não é mesmo? De repente essa carta chega da forma mais despretenciosa possível em sua caixa de e-mail e tcharam, sou eu. Desapareci em meio a atribuladas e gostosas aventuras no cerrado brasileiro, mas a saudade é bicho cabuloso e vocês não fazem ideia de como me fez falta escrever assim. Primeiro escrevi esse texto lá no LinkedIn, mas como sempre sai um textão danado e achei que o tema seria interessante para uma volta, agora mais esperto e experiente, e também deletei o texto sem querer e teria que escrever de novo 😅 achei que seria um momento legal de nos reencontrarmos.
Eu também quero muito saber sua opinião sobre este nosso reencontro. Me responde este e-mail com o que você achou do texto, do tema e com o que mais você gostaria que compartilhássemos.
até a próxima, pessoal!
Como bom nerd eu fugi muito dos grupos que eu deveria participar, porque era cringe, e agora me vejo de certa forma correndo atrás do prejuízo e tentando entrar tardiamente nos grupos q me cabem - o que é mais cringe ainda - pois eu sou sim um otaku de corpo e alma. Mas ao mesmo tempo sempre me achei meio anarquista em negar autoridades o tempo todo como a Kardashian, q influenciar tantas pessoas a comprarem essas balinhas de ozempic natural, sempre me pareceu uma certa loucura, só q na realidade eu compro oq minhas autoridades me pedem (não mandam, pedem.) Enfim, somos todos iguais, o otaku e o fã das Kardashians. O ser humano é um ser inescapavelmente social.
Precisamos fazer uma campanha pra falar que é "cool" não seguir nenhuma dessas influências, meu amigo. Combater essa propaganda vil. Que é "cool" viver a vida, que o tempo passa, que envelhecemos, que nosso corpo reage aos nossos estímulos e que não existe nenhuma salvação fantástica para nada. Que um dia a vida termina, e um dia não seremos mais lembrados.
Abraços, sinto saudades.